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Mostrando postagens de 2024

Como lidar com a falta? (de amor)

Ando pensando sobre a finalidade do amor e não cheguei a uma resposta, mas me veio à mente uma pergunta: onde estou procurando o amor? Porque, no final das contas, a troca sentimental mira, mesmo que de forma inconsciente, no amor. No desejo de acolhimento e pertencimento a uma história, ainda que ela exista apenas em nossas cabeças. Isso não quer dizer que, após o primeiro date, isso vai acontecer de forma mágica, como nos filmes. Acorda, Alice! Nunca consegui pensar em meus afetos com pré-requisitos que se assemelham a entrevistas de emprego ou à triagem para agência de modelo. Digo, sabe aquelas questões: precisa ter tal altura, precisa ter grana, precisa disso ou daquilo. Isso não me brilha os olhos, porque eu entendo que minhas necessidades quem banca sou eu. Sempre pensei mais em como eu me sentiria sobre tesão, curiosidade e felicidade, compartilhando a vida com a pessoa com quem me conectei. E que esse lado bom faria diferença, mesmo quando chegasse o lado ruim. Afinal, se rela...

Eu te vi nas artes plásticas, você mexeu demais comigo. Letrux.

“Eu te vi nas artes plásticas, você mexeu demais comigo.” Tenho essa frase tatuada no lado esquerdo do peito, não muito longe da gola da camiseta, para mostrar a quem tiver interesse em vê-la. Esse é um trecho de uma música da Letrux (cantora brasileira do Rio de Janeiro), onde ela fala sobre um flerte que mexeu com ela, mas estou explicando vagamente. Por isso, aconselho que ouça a canção e reflita.                                           Ser percebido nas artes me traz uma ideia de entendimento vasto. Não estou falando de devoção ou de ideias maníacas, estou falando de conhecer alguém que te acessa, que toca em algo que você não sabe nomear. Muito cedo para ser amor e muito tranquilo  para ser paixão. Algo que vibra de excitação e alegria. Aquelas alegrias que te fazem sorrir ao lembrar que aquela pessoa existe, porque ela existe no café que ainda vai acontecer, no jantar de...

Eu lhe amaria com a intensidade de dez sóis de Recife

A gente se conheceu entre as esquinas de Recife, eu tava ali andando manso e perdido nos meus pensamentos. Era sábado de manhã, e eu geralmente não espero muita coisa logo cedo. Sei que para alguns é dia santo, já para outros, somente mais um dia. E para mim, tudo é implícito. Não gosto e não deixo de gostar, vou vivendo. E nessa de viver, te encontrei, era um dia quente. E para quem não sabe, Recife é uma cidade de Pernambuco, que tá ali no nordeste fazendo carnaval, arte e enchendo os meus olhos. É quente, é muito quente. Mas é gostoso sentir o sol queimando, a maresia próxima, o sotaque; tudo chama um pouco. Minha avó era de lá. E eu acho que sou um pouco também, apesar de ser paraibano. No final, a gente acaba sendo um pouco de cada lugar em que passamos. E eu vivi lá, mesmo que de passagem.  E foi assim de passagem que entrasse no meu coração, depois que entrasse em meus olhos. Te vi, reparei, nos reparamos. Na minha cabeça, parece que Geraldo Azevedo cantava Dona da Minha Cab...