Eu lhe amaria com a intensidade de dez sóis de Recife
A gente se conheceu entre as esquinas de Recife, eu tava ali andando manso e perdido nos meus pensamentos. Era sábado de manhã, e eu geralmente não espero muita coisa logo cedo. Sei que para alguns é dia santo, já para outros, somente mais um dia. E para mim, tudo é implícito. Não gosto e não deixo de gostar, vou vivendo. E nessa de viver, te encontrei, era um dia quente. E para quem não sabe, Recife é uma cidade de Pernambuco, que tá ali no nordeste fazendo carnaval, arte e enchendo os meus olhos. É quente, é muito quente. Mas é gostoso sentir o sol queimando, a maresia próxima, o sotaque; tudo chama um pouco. Minha avó era de lá. E eu acho que sou um pouco também, apesar de ser paraibano. No final, a gente acaba sendo um pouco de cada lugar em que passamos. E eu vivi lá, mesmo que de passagem. E foi assim de passagem que entrasse no meu coração, depois que entrasse em meus olhos. Te vi, reparei, nos reparamos. Na minha cabeça, parece que Geraldo Azevedo cantava Dona da Minha Cab...